"Esse reino diferente falará
contra o Altíssimo, oprimirá os seus santos e tentará alterar o
calendário, as festas religiosas e as leis. Então, os santos serão entregues
nas mãos dele por um tempo, dois tempos e metade de um tempo" (Daniel 7:25[1]).
Contextualização
Qualquer das áreas sociais que seja o pesquisador que procura estudar os
primeiros cinco (5) séculos do cristianismo concorda com o fato de que
aconteceu um lamentável quadro de apostasia[2] e
desvio da verdade. Não nos restam dúvidas de que esses acontecimentos vêm
testemunhar as palavras do apostolo quando disse: “Eu sei que, depois da minha
partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho. E que,
dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para
arrastar os discípulos atrás deles[3]”.
Estes eventos históricos devem ser sucessivamente colocados diante do povo
honesto, para que Deus, de alguma maneira, através do ensino desses tristes
fatos possa mover o coração dos fieis para corrigir os desvios, endireitar as veredas
e se esforçar na restauração.
A celebração da missa por exemplo, é mais uma encenação que um culto
cristão, veja como Ely de Oliveira descreve a missa no livro Verdades que a
Igreja não Revela, pagina 104:
“O
padre durante uma só missa benze‐se 16 vezes, volta‐se para o povo outras 16 vezes, beija o altar 8 vezes,
levanta os olhos 11 vezes, 10 vezes bate
no peito, ajoelha‐se outras 10 vezes
e junta as mãos 54 vezes. Faz 21 inclinações com a cabeça e 7 vezes com os
ombros, inclina‐se 8 vezes e beja a oferta 36 vezes! Põe as mãos sobre o peito 11 vezes
e oito vezes olha para o céu, faz 11 rezas em voz baixa e 13 em voz alta,
descobre o Cálix 5 vezes e o cobre novamente 5 vezes e muda de lugar 20
vezes!”.
Veja como o desvio da fé se iniciou quando movimentos de cenário começaram
a substituir as singelas reuniões de ensino da Palavra. A fé se perdeu quando o
culto era uma programação para entreter as pessoas e não para ensinar a palavra
de Deus.
Início da Apostasia
Na parte final do primeiro século da era cristã, porém, em face das
provações e desânimo causados pelas perseguições, muitos cristãos de origem
judaica começaram a enfraquecer na fé e a se inclinar para voltar ao judaísmo.
A partir do segundo século, com o desaparecimento dos apóstolos e da influência
pessoal dos cristãos primitivos, começaram a surgir entre alguns líderes do
Cristianismo, em face de perseguições e heresias, várias tendências de
interpretar criticamente a pessoa de Jesus Cristo, para Ele poder ter a
capacidade de operar a Justificação provida por Deus. Eram tendências
despertadas pela filosofia grega e ideias religiosas pagãs.
A partir do segundo século, começou a surgir na Igreja de Roma o ensino de
uma interpretação da pessoa de Cristo. Ao invés de apenas acreditar na obra salvadora, muitos começaram a analisar
criticamente essa obra de redenção. E no intuito de explicar se inicia um sem
número de especulações. Por exemplo: Foi então que se começou a perguntar se
Jesus Cristo era divino ou humano; se era Filho de Deus ou era filho do homem,
e como essas ideias podiam ser harmonizadas.
Esta mudança no interesse, no pensamento e no ensino é maior do que podemos
imaginar, as mudanças foram se ampliando até
que culminou num sistema que ensinava a salvação pelas obras contrariando
a doutrina ortodoxa da salvação pela fé.
A obrigação da Igreja de Cristo sempre foi estabelecer sua sede na cidade
de Jerusalém[4]
e não numa cidade pagã e capital do império Romano. Essa igreja de Roma[5]
que no nosso entender trata-se duma seita herética, desvinculou-se de
Jerusalém por motivos políticos e para
enganar[6] o
povo de Deus.
Império Romano
No 306, Constantino sucedeu a seu pai e, por fim, junto com Licínio, tornou‐se co‐regente do Império Romano. Antes de ir para uma batalha perto de Roma, na ponte Milvius, em 312, ele afirmou que lhe fora dito num sonho que pintasse o monograma cristão com as letras khi e rho, que são as primeiras letras do nome ‘Cristo’ em grego nos escudos de seus soldados. Pouco depois de vencer a batalha, Constantino afirmou que se tornara cristão, embora não fosse batizado senão pouco antes de sua morte, uns 24 anos mais tarde.
A
devoção de Constantino foi mais peculiarmente dirigida para o gênio do sol, o
Apolo da mitologia grega e romana. O altar de Apolo foi consagrado com as
ofertas votivas de Constantino... o sol foi universalmente honrado como o
invisível guia e protetor do imperador
Constantino[7].
Pode‐se
notar que o imperador Constantino era um fiel adorador do sol (Apolo). Alias, o
imperador assumiu o encargo de "Pontífice Máximo", ou seja, grande
sacerdote do culto politeísta romano; aceitou a realização de jogos e
sacrifícios aos deuses em sua homenagem; mandou cunhar moedas com a imagem do Solis
Invictus, o Sol Invicto; e tornou feriado o Dies Solis, o Dia
do Sol, nosso "domingo".
Graves
mudanças aconteceram em razão desse paganismo. O Cristianismo sustentado por
muitos séculos pela igreja de Roma e na sua atual configuração é o resultado de
manobras astutas de um imperador pagão, que terminou corrompendo o Cristianismo
Histórico.
O
fanatismo tomou conta da igreja e a procura de privilégios outorgados pelo
estado se tornou um hábito: “Alguns bispos, cegados pelo esplendor da corte,
foram ao ponto de louvar o imperador como um anjo de Deus, como um ser sagrado,
e a profetizar que ele, assim como o Filho de Deus, reinaria nos céus[8]”.
Constantino
chegou alguma vez a ser cristão? O historiador Paul Johnson responde assim: “Uma
das principais razões de ser tolerado o cristianismo foi, porque deu a ele
mesmo e ao Estado a oportunidade de controlar a política da Igreja em relação à
ortodoxia... Constantino nunca abandonou a adoração do sol e manteve o sol em
suas moedas”. Concluímos que Constantino jamais se converteu ao cristianismo.
A
farta documentação sobre a época de Constantino e sobre o Concílio de Nicéia
pode‐se
resumir a um único fator: A igreja, com o apoio imperial, ela se enveredou
definitivamente pelo caminho da apostasia, segue o rumo do desvio da fé
verdadeira, e esquecendo por completo as origens da verdadeira fé, abandona
finalmente a verdade. A voz dos apóstolos fora silenciada, a herança de fé que
eles tinham recebido e conservado com amor, agora estava sendo ofuscada pela
sombra do paganismo.
Na época de Constantino, no império Romano fervilhava um turbilhão de
atividades místicas, era um verdadeiro caldeirão no qual se misturavam as
doutrinas judaicas, mitríaca, zoroastriana, pitagórica, hermética e
neoplatónica, todas se difundiam e se misturavam uma com a outra. Diante desse
confuso panorama religioso, a própria igreja de Roma, estava em situação precária.
Se a igreja de Roma quisesse sobreviver e, além disso, exercer poderosa
influência e autoridade, ela necessitava
do apoio de uma figura secular na corte imperial que pudesse representá‐la. Essa figura foi
o próprio imperador Constantino.
Ele como imperador, com a igreja de Roma como aliada, empenharam‐se na tarefa de
implantar definitivamente a doutrina determinada por eles, disseminando‐a por todo o
Império com a finalidade de extirpar finalmente toda fé que fosse contrária
aos, agora chamados: “Dogmas”, estabelecidos pelos inúmeros Concílios.
Culto ao Domingo
Sob a influência cultural
paganizadora do Império Romano, o cristianismo dos primeiros séculos
acabou absorvendo vários elementos de origem pagã, dentre os quais se
destaca o culto ao Sol de origem persa (mitraísmo). Os mitraístas romanos
veneravam o Solis Invictus cada
domingo e celebravam anualmente o seu nascimento no dia de 25 de dezembro. Muitos
cristãos começaram a adorar a Cristo no domingo como ‘dia do Sol’, com o duplo
propósito de se distanciarem do judaísmo perseguido pelos romanos e de se
tornarem mais aceitos dentro do próprio Império Romano.
Na Roma antiga chamavam o domingo
de Dies Solis; no Reino
Unido ainda hoje chamam o domingo de Sunday e na Alemanha Sonntag (Dia
do Sol). Porque foi dedicado à divindade pagã chamada Solis Invictus, muito importante no
culto imperial. E foi justamente o imperador Constantino que fundiu as duas
tradições em uma (a tradição cristã e a tradição pagã). Assim, o imperador que legalizou a religião cristã pelo Edito de
Milão, em 313 – que mais tarde fundaria Constantinopla como capital romana do
Oriente e seria santificado – decretou em 7 de março de 321 que o antes era
chamado Dies Solis seria observado como feriado civil
obrigatório[9] e
passou se chamar Dies Domenica (dia
do Senhor).
No entanto, a confirmação “oficial”
dessa mudança pela Igreja Católica levaria mais de mil anos. Foi no Concílio de
Trento, realizado no século 16: “A Igreja de Deus achou
conveniente que a celebração religiosa do sábado deva ser transferida para o
dia do Senhor: o domingo.” Como resultado, em quase todos os países de tradição
cristã foram proibidos aos domingos o artesanato, o comércio e a dança.
Finalmente, após a Revolução Francesa (1789), o descanso dominical foi
assimilado como um direito trabalhista e é admitido praticamente em todas as
legislações.
A mudança do sábado para o domingo
não pode ser justificada pela Bíblia, sendo uma mudança promovida pelo Império
Romano com a concordância da Igreja de Roma (Católica). Desafiamos qualquer
pesquisador a criticar este artigo com base na Bíblia, todavia, não irá provar
com base em versículo algum a observância do domingo como dia do descanso.
Uma das teorias mais usadas para
justificar a mudança do sábado para o domingo é a de que o sábado foi
abolido na cruz e o domingo instituído em seu lugar através da
ressurreição de Cristo. Por mais popular que seja, essa teoria carece de
fundamentação bíblica e de comprovação histórica. Os fanáticos dessa teoria para
se justificar usam o João 20:19[10]
porém, não está escrito nesse versículo sobre a mudança do sábado para domingo.
Outro versículo usado pelos
evangélicos para justificar a observância do domingo é o Apocalipse 1:10[11].
Este versículo limita-se a dizer "o dia do Senhor" e não clarifica
que dia de semana se trata. Podíamos usar desse versículo para convencê-los ao
contrário, pois, quando a Bíblia diz o dia do Senhor[12]
fica claro que trata-se do sábado[13].
Além disso, a primeira
evidência histórica concreta sobre a existência de cristãos observadores do
domingo é encontrada somente após a fusão do paganismo e cristianismo
criando o catolicismo romano, como elucidamos anteriormente.
Conclusão
O
Senhor Jesus Cristo não veio para alterar a lei e muito menos revogar o dia do
culto e do descanso obrigatório, todavia, veio para cumprir[14].
Os apóstolos deixados pelo Senhor continuaram a observar o Sábado como dia do
descanso e de culto e jamais tiveram desejo em alterá-lo pois, sempre estiveram
possuídos pelo Espirito Santo após o sopro[15]
dado pelo Senhor aquando da sua ressurreição.
A observância do Domingo como dia do
descanso e culto cristão tem explicações nas várias heresias que a igreja de
Roma incutiu no cristianismo por influência do império romano, a besta[16]
como forma de opor-se a doutrina ortodoxa.
O imperador Constantino foi um fiel
adorador do solis invicto, divindade
pagã. Foi ainda o "Pontífice Máximo", ou seja, o
grande sacerdote do culto politeísta romano; aceitou a realização de jogos e
sacrifícios aos deuses em sua homenagem; Isto é, foi o príncipe do deus sol,
divindade pagã que se adora no primeiro dia da semana. Quando consegue
finalmente enganar os cristãos fundindo o cristianismo e paganismo, decreta
feriado semanal no primeiro dia da semana (dia da adoração do deus sol invicto)
e muda consequentemente de sábado para o esse dia o grande dia adoração e
descanso.
É
interessante encontrar cristãos que juram de pés juntos que o sábado foi
abolido na cruz e em seu lugar foi instituído o domingo. Essa teoria é herética
pois, não encontra sustento na Bíblia e o versículo que usam somente diz que os
apóstolos estiveram reunidos com portas fechadas no primeiro dia semana quando
chegou o Senhor. O dia do Senhor sempre será o dia do sábado[17].
Bibliografia
1. ALMEIDA, João Ferreira. Santa
Bíblia. Disponível em http://www.culturabrasil.pro.br;
2. CATOLIC ENCICLOPEDIA;
3. KING, James. Bíblia Sagrada; 1999;
5. OLIVEIRA, Ely da. Verdades que a
Igreja não Revela; 2 Ed. 2010;
6. Quem Mudou o Sábado para Domingo,
disponível em:
http://www.cristianismo.co.br/2017/03/quem-mudou-o-descanso-do-sabado-para-o.htlm
[1] KING, James. Bíblia Sagrada.
1999
[2] “Porquanto essas pessoas não estão servindo a Cristo, nosso
Senhor, mas sim a seus próprios desejos. Mediante palavras suaves e bajulação,
enganam o coração dos incautos” (Romanos 16:18).
[4] Naquele dia levantou-se grande perseguição contra a
igreja que estava em Jerusalém; e todos excepto os apóstolos, foram
dispersos pelas regiões da Judeia e
Samaria (Atos 8:1).
[5] “E
deu-se-lhe poder para fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe poder
sobre toda tribo, e língua, e nação. E adoraram-na todos os que habitam sobre a
terra, cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro morto desde a fundação do mundo. Se alguém tem
ouvidos, ouça.” (Apocalipse 13:7‐9).
[6] “Acautelai‐vos que ninguém vos engane” Mateus 24:4 – o engano consistiria num engano
religioso; assim, o sinal era caracterizado pelo maior engano que o mundo já
viu! Portanto, o engano religioso seria o primeiro e mais importante sinal para
indicar as coisas que aconteceriam após a morte dos apóstolos. As consequências
de ser enganados pela falsa religião são muito piores do que ser vítimas da
fome, enfermidade ou guerra. As consequências são de valor eterno. Jesus
advertiu dizendo que seriam enganados até os escolhidos, os próprios eleitos
(Mateus 24:24). Hoje em dia, esta seita tem milhares de adeptos em todo o mundo
mesmo após a reforma religiosa.
.
[10] Chegando,
pois, o entardecer daquele dia, o primeiro da semana, e fechadas as portas
onde, com medo dos judeus, se achavam os discípulos, chegou Jesus, e pôs-se no
meio, e disse lhes: Paz seja convosco
(João 20:19).
[11] Eu fui
arrebatado em espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz,
como de trombeta (Apocalipse 1:10).
[12] Mas o sétimo
dia é o sábado do SENHOR teu
Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu
servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está
dentro das tuas portas (Exodo 20:10);e
[13] Se desviares
o teu pé do sábado, de fazeres a tua vontade no meu santo
dia, e chamares ao sábado deleitoso, e o santo dia do SENHOR, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus
caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria vontade, nem
falares as tuas próprias palavras, Então te deleitarás no SENHOR, e te farei
cavalgar sobre as alturas
da terra, e te sustentarei com a herança de teu pai Jacó; porque a boca do
SENHOR o falou (Isaías
58:13-14).
[14] "Não
cuideis que vim destruir a lei
ou os profetas; não vim para
destruir, mas para cumprir.
Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota nem
um só til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido" (Mateus 5:17-18).
[15] E havendo
dito isso, assoprou sobre eles e
disse-lhes: Recebei o Espírito Santo (João 20:22).
[16] "Esse reino diferente falará
contra o Altíssimo, oprimirá os seus santos e tentará alterar o
calendário, as festas religiosas e as leis. Então, os santos serão entregues
nas mãos dele por um tempo, dois tempos e metade de um tempo" (Daniel
7:25). Basta ver a quantidade dos teólogos e missionários pré-reformistas e
reformistas queimados vivos por ordens do papa e bispos católicos só pelo
simples facto de recusar a apostasia e prostituição teológica (sincretismo);
[17]Se desviares o teu pé do sábado, de fazeres a tua vontade no meu santo dia, e chamares ao sábado
deleitoso, e o santo dia do
SENHOR, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria vontade, nem
falares as tuas próprias palavras, Então te deleitarás no SENHOR, e te farei
cavalgar sobre as alturas
da terra, e te sustentarei com a herança de teu pai Jacó; porque a boca do
SENHOR o falou (Isaías
58:13-14).