segunda-feira, 29 de junho de 2020

De Sábado para Domingo: A Mudança do dia do Senhor para o dia do Sol




"Esse reino diferente falará contra o Altíssimo, oprimirá os seus santos e tentará alterar o calendário, as festas religiosas e as leis. Então, os santos serão entregues nas mãos dele por um tempo, dois tempos e metade de um tempo" (Daniel 7:25[1]).

Contextualização
Qualquer das áreas sociais que seja o pesquisador que procura estudar os primeiros cinco (5) séculos do cristianismo concorda com o fato de que aconteceu um lamentável quadro de apostasia[2] e desvio da verdade. Não nos restam dúvidas de que esses acontecimentos vêm testemunhar as palavras do apostolo quando disse: “Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles[3]”.
Estes eventos históricos devem ser sucessivamente colocados diante do povo honesto, para que Deus, de alguma maneira, através do ensino desses tristes fatos possa mover o coração dos fieis para corrigir os desvios, endireitar as veredas e se esforçar na restauração.
A celebração da missa por exemplo, é mais uma encenação que um culto cristão, veja como Ely de Oliveira descreve a missa no livro Verdades que a Igreja não Revela, pagina 104:
“O padre durante uma só missa benzese 16 vezes, voltase para o povo outras 16 vezes, beija o altar 8 vezes, levanta os olhos 11 vezes, 10 vezes bate  no peito, ajoelhase outras 10 vezes e junta as mãos 54 vezes. Faz 21 inclinações com a cabeça e 7 vezes com os ombros, inclinase 8 vezes e beja a oferta  36 vezes! Põe as mãos sobre o peito 11 vezes e oito vezes olha para o céu, faz 11 rezas em voz baixa e 13 em voz alta, descobre o Cálix 5 vezes e o cobre novamente 5 vezes e muda de lugar 20 vezes!”.
Veja como o desvio da fé se iniciou quando movimentos de cenário começaram a substituir as singelas reuniões de ensino da Palavra. A fé se perdeu quando o culto era uma programação para entreter as pessoas e não para ensinar a palavra de Deus.
Início da Apostasia
Na parte final do primeiro século da era cristã, porém, em face das provações e desânimo causados pelas perseguições, muitos cristãos de origem judaica começaram a enfraquecer na fé e a se inclinar para voltar ao judaísmo.
A partir do segundo século, com o desaparecimento dos apóstolos e da influência pessoal dos cristãos primitivos, começaram a surgir entre alguns líderes do Cristianismo, em face de perseguições e heresias, várias tendências de interpretar criticamente a pessoa de Jesus Cristo, para Ele poder ter a capacidade de operar a Justificação provida por Deus. Eram tendências despertadas pela filosofia grega e ideias religiosas pagãs.
A partir do segundo século, começou a surgir na Igreja de Roma o ensino de uma interpretação da pessoa de Cristo. Ao invés de apenas acreditar na  obra salvadora, muitos começaram a analisar criticamente essa obra de redenção. E no intuito de explicar se inicia um sem número de especulações. Por exemplo: Foi então que se começou a perguntar se Jesus Cristo era divino ou humano; se era Filho de Deus ou era filho do homem, e como essas ideias podiam ser harmonizadas.
Esta mudança no interesse, no pensamento e no ensino é maior do que podemos imaginar, as mudanças foram se ampliando até  que culminou num sistema que ensinava a salvação pelas obras contrariando a doutrina ortodoxa da salvação pela fé.
A obrigação da Igreja de Cristo sempre foi estabelecer sua sede na cidade de Jerusalém[4] e não numa cidade pagã e capital do império Romano. Essa igreja de Roma[5] que no nosso entender trata-se duma seita herética, desvinculou-se de Jerusalém  por motivos políticos e para enganar[6] o povo de Deus.
Império Romano


No 306, Constantino sucedeu a seu pai e, por fim, junto com Licínio, tornouse coregente do Império Romano. Antes de ir para uma batalha perto de Roma, na ponte Milvius, em 312, ele afirmou que lhe fora dito num sonho que pintasse o monograma cristão com as letras khi e rho, que são as primeiras letras do nome ‘Cristo’ em grego nos escudos de seus soldados. Pouco depois de vencer a batalha, Constantino afirmou que se tornara cristão, embora não fosse batizado senão pouco antes de sua morte, uns 24 anos mais tarde.
A devoção de Constantino foi mais peculiarmente dirigida para o gênio do sol, o Apolo da mitologia grega e romana. O altar de Apolo foi consagrado com as ofertas votivas de Constantino... o sol foi universalmente honrado como o invisível guia  e protetor do imperador Constantino[7].
Podese notar que o imperador Constantino era um fiel adorador do sol (Apolo). Alias, o imperador assumiu o encargo de "Pontífice Máximo", ou seja, grande sacerdote do culto politeísta romano; aceitou a realização de jogos e sacrifícios aos deuses em sua homenagem; mandou cunhar moedas com a imagem do Solis Invictus, o Sol Invicto; e tornou feriado o Dies Solis, o Dia do Sol, nosso "domingo".
Graves mudanças aconteceram em razão desse paganismo. O Cristianismo sustentado por muitos séculos pela igreja de Roma e na sua atual configuração é o resultado de manobras astutas de um imperador pagão, que terminou corrompendo o Cristianismo Histórico.
O fanatismo tomou conta da igreja e a procura de privilégios outorgados pelo estado se tornou um hábito: “Alguns bispos, cegados pelo esplendor da corte, foram ao ponto de louvar o imperador como um anjo de Deus, como um ser sagrado, e a profetizar que ele, assim como o Filho de Deus, reinaria nos céus[8]”.
Constantino chegou alguma vez a ser cristão? O historiador Paul Johnson responde assim: “Uma das principais razões de ser tolerado o cristianismo foi, porque deu a ele mesmo e ao Estado a oportunidade de controlar a política da Igreja em relação à ortodoxia... Constantino nunca abandonou a adoração do sol e manteve o sol em suas moedas”. Concluímos que Constantino jamais se converteu ao cristianismo.
A farta documentação sobre a época de Constantino e sobre o Concílio de Nicéia podese resumir a um único fator: A igreja, com o apoio imperial, ela se enveredou definitivamente pelo caminho da apostasia, segue o rumo do desvio da fé verdadeira, e esquecendo por completo as origens da verdadeira fé, abandona finalmente a verdade. A voz dos apóstolos fora silenciada, a herança de fé que eles tinham recebido e conservado com amor, agora estava sendo ofuscada pela sombra do paganismo.
Na época de Constantino, no império Romano fervilhava um turbilhão de atividades místicas, era um verdadeiro caldeirão no qual se misturavam as doutrinas judaicas, mitríaca, zoroastriana, pitagórica, hermética e neoplatónica, todas se difundiam e se misturavam uma com a outra. Diante desse confuso panorama religioso, a própria igreja de Roma, estava em situação precária. Se a igreja de Roma quisesse sobreviver e, além disso, exercer poderosa influência  e autoridade, ela necessitava do apoio de uma figura secular na corte imperial que pudesse representála. Essa figura foi o próprio imperador Constantino.
Ele como imperador, com a igreja de Roma como aliada, empenharamse na tarefa de implantar definitivamente a doutrina determinada por eles, disseminandoa por todo o Império com a finalidade de extirpar finalmente toda fé que fosse contrária aos, agora chamados: “Dogmas”, estabelecidos pelos inúmeros Concílios.
Culto ao Domingo
Sob a influência cultural paganizadora do Império Romano, o cristianismo dos primeiros séculos acabou absorvendo vários elementos de origem pagã, dentre os quais se destaca o culto ao Sol de origem persa (mitraísmo). Os mitraístas romanos veneravam o Solis Invictus cada domingo e celebravam anualmente o seu nascimento no dia de 25 de dezembro.  Muitos cristãos começaram a adorar a Cristo no domingo como ‘dia do Sol’, com o duplo propósito de se distanciarem do judaísmo perseguido pelos romanos e de se tornarem mais aceitos dentro do próprio Império Romano.
Na Roma antiga chamavam o domingo de Dies Solis; no Reino Unido ainda hoje chamam o domingo de Sunday e na Alemanha Sonntag (Dia do Sol). Porque foi dedicado à divindade pagã chamada Solis Invictus, muito importante no culto imperial. E foi justamente o imperador Constantino que fundiu as duas tradições em uma (a tradição cristã e a tradição pagã). Assim, o imperador  que legalizou a religião cristã pelo Edito de Milão, em 313 – que mais tarde fundaria Constantinopla como capital romana do Oriente e seria santificado – decretou em 7 de março de 321 que o antes era chamado Dies Solis seria observado como feriado civil obrigatório[9] e passou se chamar Dies Domenica (dia do Senhor).
No entanto, a confirmação “oficial” dessa mudança pela Igreja Católica levaria mais de mil anos. Foi no Concílio de Trento, realizado no século 16: “A Igreja de Deus achou conveniente que a celebração religiosa do sábado deva ser transferida para o dia do Senhor: o domingo.” Como resultado, em quase todos os países de tradição cristã foram proibidos aos domingos o artesanato, o comércio e a dança. Finalmente, após a Revolução Francesa (1789), o descanso dominical foi assimilado como um direito trabalhista e é admitido praticamente em todas as legislações.
A mudança do sábado para o domingo não pode ser justificada pela Bíblia, sendo uma mudança promovida pelo Império Romano com a concordância da Igreja de Roma (Católica). Desafiamos qualquer pesquisador a criticar este artigo com base na Bíblia, todavia, não irá provar com base em versículo algum a observância do domingo como dia do descanso.
Uma das teorias mais usadas para justificar a mudança do sábado para o domingo é a de que o sábado foi abolido na cruz e o domingo instituído em seu lugar através da ressurreição de Cristo. Por mais popular que seja, essa teoria carece de fundamentação bíblica e de comprovação histórica. Os fanáticos dessa teoria para se justificar usam o João 20:19[10] porém, não está escrito nesse versículo sobre a mudança do sábado para domingo.
Outro versículo usado pelos evangélicos para justificar a observância do domingo é o Apocalipse 1:10[11]. Este versículo limita-se a dizer "o dia do Senhor" e não clarifica que dia de semana se trata. Podíamos usar desse versículo para convencê-los ao contrário, pois, quando a Bíblia diz o dia do Senhor[12] fica claro que trata-se do sábado[13].
Além disso, a primeira evidência histórica concreta sobre a existência de cristãos observadores do domingo é encontrada somente após a fusão do paganismo e cristianismo criando o catolicismo romano, como elucidamos anteriormente. 
Conclusão
O Senhor Jesus Cristo não veio para alterar a lei e muito menos revogar o dia do culto e do descanso obrigatório, todavia, veio para cumprir[14]. Os apóstolos deixados pelo Senhor continuaram a observar o Sábado como dia do descanso e de culto e jamais tiveram desejo em alterá-lo pois, sempre estiveram possuídos pelo Espirito Santo após o sopro[15] dado pelo Senhor aquando da sua ressurreição.
A observância do Domingo como dia do descanso e culto cristão tem explicações nas várias heresias que a igreja de Roma incutiu no cristianismo por influência do império romano, a besta[16] como forma de opor-se a doutrina ortodoxa.
O imperador Constantino foi um fiel adorador do solis invicto, divindade pagã. Foi ainda o "Pontífice Máximo", ou seja, o grande sacerdote do culto politeísta romano; aceitou a realização de jogos e sacrifícios aos deuses em sua homenagem; Isto é, foi o príncipe do deus sol, divindade pagã que se adora no primeiro dia da semana. Quando consegue finalmente enganar os cristãos fundindo o cristianismo e paganismo, decreta feriado semanal no primeiro dia da semana (dia da adoração do deus sol invicto) e muda consequentemente de sábado para o esse dia o grande dia adoração e descanso. 
É interessante encontrar cristãos que juram de pés juntos que o sábado foi abolido na cruz e em seu lugar foi instituído o domingo. Essa teoria é herética pois, não encontra sustento na Bíblia e o versículo que usam somente diz que os apóstolos estiveram reunidos com portas fechadas no primeiro dia semana quando chegou o Senhor. O dia do Senhor sempre será o dia do sábado[17].
Bibliografia
1.    ALMEIDA, João Ferreira. Santa Bíblia. Disponível em http://www.culturabrasil.pro.br;
2.    CATOLIC ENCICLOPEDIA;
3.    KING, James. Bíblia Sagrada; 1999;
4.    GUIBBON, Edward;  A História do Declínio e Queda do Império Romano; 1776-1788;
5.    OLIVEIRA, Ely da. Verdades que a Igreja não Revela; 2 Ed. 2010;
6.    Quem Mudou o Sábado para Domingo, disponível em: http://www.cristianismo.co.br/2017/03/quem-mudou-o-descanso-do-sabado-para-o.htlm



[1] KING, James. Bíblia Sagrada. 1999
[2]Porquanto essas pessoas não estão servindo a Cristo, nosso Senhor, mas sim a seus próprios desejos. Mediante palavras suaves e bajulação, enganam o coração dos incautos” (Romanos 16:18).
[3] Atos dos Apóstolos  20:2930;
[4] Naquele  dia levantou-se grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos excepto os apóstolos, foram dispersos  pelas regiões da Judeia e Samaria (Atos 8:1).
[5] “E deu-se-lhe poder para fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda tribo, e língua, e nação. E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro morto desde a fundação do mundo. Se alguém tem ouvidos, ouça.” (Apocalipse 13:79).
[6] “Acautelaivos que ninguém vos engane” Mateus 24:4 – o engano consistiria num engano religioso; assim, o sinal era caracterizado pelo maior engano que o mundo já viu! Portanto, o engano religioso seria o primeiro e mais importante sinal para indicar as coisas que aconteceriam após a morte dos apóstolos. As consequências de ser enganados pela falsa religião são muito piores do que ser vítimas da fome, enfermidade ou guerra. As consequências são de valor eterno. Jesus advertiu dizendo que seriam enganados até os escolhidos, os próprios eleitos (Mateus 24:24). Hoje em dia, esta seita tem milhares de adeptos em todo o mundo mesmo após a reforma religiosa.
.
[8] Catholic Encyclopedia.
[9] http://www.cristianismo.co.br/2017/03/quem-mudou-o-descanso-do-sabado-para-o.htlm
[10] Chegando, pois, o entardecer daquele dia, o primeiro da semana, e fechadas as portas onde, com medo dos judeus, se achavam os discípulos, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse lhes: Paz seja convosco (João 20:19).
[11] Eu fui arrebatado em espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta (Apocalipse 1:10).
[12] Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas (Exodo 20:10);e
[13] Se desviares o teu pé do sábado, de fazeres a tua vontade no meu santo dia, e chamares ao sábado deleitoso, e o santo dia do SENHOR, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falares as tuas próprias palavras, Então te deleitarás no SENHOR, e te farei cavalgar sobre as alturas da terra, e te sustentarei com a herança de teu pai Jacó; porque a boca do SENHOR o falou (Isaías 58:13-14).
[14] "Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim para destruir, mas para cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota nem um só til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido" (Mateus 5:17-18).
[15] E havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo (João 20:22).
[16] "Esse reino diferente falará contra o Altíssimo, oprimirá os seus santos e tentará alterar o calendário, as festas religiosas e as leis. Então, os santos serão entregues nas mãos dele por um tempo, dois tempos e metade de um tempo" (Daniel 7:25). Basta ver a quantidade dos teólogos e missionários pré-reformistas e reformistas queimados vivos por ordens do papa e bispos católicos só pelo simples facto de recusar a apostasia e prostituição teológica (sincretismo);
[17]Se desviares o teu pé do sábado, de fazeres a tua vontade no meu santo dia, e chamares ao sábado deleitoso, e o santo dia do SENHOR, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falares as tuas próprias palavras, Então te deleitarás no SENHOR, e te farei cavalgar sobre as alturas da terra, e te sustentarei com a herança de teu pai Jacó; porque a boca do SENHOR o falou (Isaías 58:13-14).