1.
INTRODUÇÃO
As
igrejas que abstêm-se das técnicas de comunicação e marketing ficam para trás.
Vivemos num mundo altamente
mercantilizado que a própria salvação, cura espiritual e/ou perdão dos
pecados encontram seu preço no pagamento de dízimos e compra de indulgências
modernas.
Na
Idade Média, a Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) já vendia indulgências
para o perdão dos pecados dos fieis e também a oportunidade de poder pecar no
futuro. A igreja reconheceu o erro abandonando estas práticas obscuras e
antibíblicas. Porém, nos nossos dias, a vinda em Moçambique de seitas
neopentecostais, na sua maioria do Brasil, revolucionaram a venda de
indulgências de forma mais sofisticada com o propósito de vender a limpeza
espiritual e prosperidade financeira.
A
presente dissertação de mestrado tem como questão guia o estudo das seitas e
heresias de modo a compreender o mercado
religioso em Moçambique. Esta questão do mercado religioso e/ou comercialização
da fé, reflete-se no dia-a-dia das seitas neopentecostais que introduziram uma
doutrina antibíblica, a chamada "Teologia da Prosperidade" repudiada
pelos apóstolos na antiguidade (Atos
8:18-22). Para a concretização deste estudo, usamos a revisão
bibliográfica; pesquisa documental; internet e programas de TV Record e canais
afins.
O
nosso breve entendimento sobre seita é: grupo doutrinário ou conjunto de
pessoas que professam uma crença com mais ou menos obstinação, divergindo da
opinião pública ortodoxa, ou seja, daquela que é considerada genuína e
verdadeira. Na verdade seita é uma fachada religiosa. E heresia é a doutrina
professada pela seita, isto é, uma falsa doutrina; uma doutrina antibíblica; obra de inspiração
demoníaca.
Esta
dissertação está dividida em três grandes capítulos a saber: Capítulo I:
Capítulo Introdutório, contextualiza o mercado religioso e a farsa
"Teologia da Prosperidade"; descreve brevemente o conceito de seita e
de heresia. Capítulo II: Revisão de Literatura, foram feitas abordagens de
diferentes autores em relação às seita, heresias e mercado religioso; Capítulo
III: neste capítulo tirou-se conclusões da pesquisa, observando o que a
literatura diz em relação às seitas, heresias e mercado religioso.
2.
DESENVOLVIMENTO
2.1.
Seitas
Seita é um grupo de
pessoas que partilham uma mesma doutrina, ou que se destacam de uma religião.
Além das seitas religiosas, que tendem para o misticismo, encontramos as seitas
iniciáticas, místico-políticas ou puramente filosóficas. (MICHAL & RENALD).
Nos
nossos dias percebemos seita como algo pejorativo. Porém, nem sempre foi assim
desde os primórdios. Deriva-se seita do substantivo latino “secta” e do verbo “sequi”, que significa seguir. Em seu sentido original, significa um
modo de viver, de pensar, seguido por pessoas (MELO; SD). O próprio cristianismo
foi confundido como seita[1]. Foi
com o passar dos anos que a expressão «seita» se tornou negativa e ou
pejorativa. Portanto, essa expressão fere com sensibilidades.
Entendemos
por seita ao grupo doutrinário ou conjunto de pessoas que professam uma crença
com mais ou menos obstinação, divergindo da opinião pública ortodoxa, ou seja,
daquela que é considerada genuína, verdadeira. Seita é fação, parte,
comunidade, fachada, partido.
Estudos feitos
apontam que é frequente fazer-se uma certa confusão entre seitas e heresias.
Todavia, as heresias nascem do desvio da doutrina, enquanto as seitas nem sempre
se desenvolvem a partir de uma fé religiosa e jamais se espalham para fora dos
limites de um pequeno núcleo de eleitos.
2.1.1. Aspetos comuns nas seitas
De acordo com o Professor Rivaldo de Melo, no Manual de Apologética,
concluímos que as
seitas possuem algo que atrai as pessoas e quando dentro do movimento são propagadoras fieis de suas “verdades”. Aquele
que faz parte de uma seita
geralmente é tão convicto que é capaz de dar sua vida pela crença que abraçou.
As
seitas têm respostas para todas questões ou fatos não explicados antes. No
entanto, quando a seita vai ao encontro com essas questões, dando respostas
para tudo e projetando o indivíduo como se de deus se tratasse, passa a haver
uma dependência natural e psicológica levando o individuo a investir cada vez
mais nos ensinos da seita, trilhando uma entrada sem fim e buscando alguma
coisa que jamais irá encontrar.
Reza
a historia que em 1978, chocou o
mundo o que ocorreu na Guiana Francesa, onde o missionário norte-americano Jim Jones, levou 900 seguidores à
morte, todos envenenados após
ter anunciado a eles o fim do mundo. Em 1997, uma seita chamada Heaven’s Gate
(Portão do Céu), acreditava que seus adeptos seriam
levados
para uma outra dimensão por uma nave que surgiria na cauda do cometa Halley
Bop. Quarenta pessoas suicidaram esperando o acontecimento. Esse fanatismo e
outros traços mostram-nos alguns aspetos comuns dentro da seita.
a) Alguns desses aspetos são:
I. A
base de sua crença provém de revelações ou ensinos de seu líder
Embora
algumas seitas façam referências à Bíblia, o que realmente tem valor como
última palavra de revelação é a do seu líder espiritual. O que também muitas
vezes ocorre é a interpretação da Bíblia conforme o seu gosto.
II.
O adepto é doutrinado a
fazer proselitismo condicionado de forma sistemática nas crenças da seita
O
adepto da seita aprende suas lições como quem decora uma tabuada. Com suas
“convicções” tentam influenciar aqueles que geralmente já professam alguma fé.
III.
A autoridade ou revelações
de seu Líder são inquestionáveis
Os
líderes de seitas geralmente são portadores de revelações, incumbidos de
missões, revestidos de poder que afirmam ter recebido de algum ser superior e
sobre as quais fundam a seita. Essa é primeira “verdade” de qualquer seita.
IV. As
seitas geralmente são isolacionistas
As
seitas preocupam-se muito com as convicções de seus adeptos, mantêm sempre
reuniões, encontros, mistérios nas fases de aprendizados, tudo isso para influenciar
e manter os adeptos longe do mundo real, a fim de evitar questionamentos do que
se está aprendendo.
V.
As seitas sempre propagam a
salvação por méritos humanos
Quer
seja através de boas obras, cuidados físicos ou mentais, As seitas ensinam que
o homem pode promover sua própria salvação, ou seja: sua salvação depende
apenas dos seus próprios atos.
VI. Geralmente
possuem uma mensagem apocalíptica, profecias falsas
A
maioria das seitas tem o seu líder como o último profeta antes do fim. Acham-se
detentoras exclusivas das últimas profecias apocalípticas e dizem ter a saída
para se evitar os eventos do “apocalipseˮ
VII. Eles
são sempre os únicos certos
Uma
forte característica das seitas é o fato do exclusivismo. Cada uma diz ter a
verdade absoluta e o outro está totalmente errado e perdido.
VIII. Tendência
ao esoterismo
A
busca pelo esoterismo (do grego “esoterikós”, que significa conhecimento
secreto ao alcance de poucos) tem marcado as seitas. A busca pelo “novo” faz
com que o adepto dependa a cada dia mais da seita.
IX. O
controle do líder sobre os adeptos
A
obediência geralmente é cega aos ensinamentos ou ordens do líder. Quando alguns
líderes não levam seus adeptos ao fanatismo e loucura, depenam seus bens
vivendo enriquecedoramente enquanto seu povo passa necessidades.
X.
Suas doutrinas são
inconstantes, sofrem mutações para atender seus interesses
Não
há nenhum problema para as seitas consertarem seus erros. Basta uma nova
profecia, e a que existia antes como doutrina é modificada. Se alguma de suas
doutrinas entra em choque com padrões atuais qualquer que sejam, de maneira
fácil alteram o que antes criam e tudo fica bem.
XI. Rejeição
ao cristianismo
A
rejeição ao cristianismo é marca sempre contundente nas seitas. Mesmo quando
fazem uso da Bíblia conseguem usá-la contra as doutrinas essenciais do cristianismo.
Há seitas que citam a Bíblia para provar, por exemplo, a reencarnação.
b)
Características de uma seita
quanto ao seu comportamento
I.
Uma seita mostra-se geralmente organizada;
II.
Buscam sempre fazer boas obras;
III.
Mostram preocupação com o indivíduo e o social;
IV.
Possuem um padrão de ensino ético e sistemático;
V.
Fazem referência à Bíblia e até usam-na em seus estudos;
VI.
Fazem sempre referência a Jesus como se ele fosse um deles ou precursor de seus
ensinos;
VII.
Pode possuir ensinos profundos e complicados ou muito simples;
VIII.
Pode levar o indivíduo ao voto de pobreza ou a buscar poder;
IX. Pode
levar o homem a uma subjetividade da natureza ou elevá-lo a um semideus;
X
Pode zelar quanto à ética e moral ou libertinagem e promiscuidade.
1.2. Heresias
“Mas houve também
entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá falsos mestres, os quais
introduzirão encobertamente heresias
destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si
mesmos repentina destruição.” (II Pedro 2:1)
O
historiador Flávio Josefo citado por Rivaldo de Melo, usa a palavra hairesis
com o sentido de “escola” de pensamento, “doutrina” ou religião, sem
conotação pejorativa. O verbo grego haireo,
de onde vem o substantivo em foco, significa “escolher”. Na literatura clássica
tem o sentido de escolha filosófica ou política. Mas no novo testamento esta
palavra tem o sentido de “dissensão”.
Entendemos
heresia como doutrina contraditória aos ensinamentos de Santíssima Trindade
(Pai, Filho e Espirito Santo), doutrina extra - Bíblica[2],,ensinamentos
que negam orientações Divinas[3],
ensinamentos do homem[4] e
doutrinas do Demónio[5].
Aquele
que propaga, segue ou defende ou pratica doutrina religiosa contrária à
verdadeira, blasfemo; herético é herege. E o seu mestre ou fundador denomina-se
Heresiarca.
Como
vimos nesta secção o conceito de heresia, herege e heresiarca, é momento de
discutir o conceito de Heresiologia? Etimologicamente a palavra deriva de
heresis (doutrina) e logia (estudo). Chegamos à conclusão de que heresiologia é
o estudo da doutrina de propagação de heresias. De acordo com o professor
Rivaldo de Melo, heresiologia é o aumento constante das seitas heréticas e a
necessidade de conhecê-las para combatermos à luz da Palavra de Deus,
justificam o estudo especificamente. A Bíblia além de prevê a existência do
falso e do verdadeiro, é o único antídoto contra os falsos ensinamentos[6]. É
importante estudar heresiologia? Sim. Pois, ao conhecê-la iremos evitar a
proliferação do joio no meio do milho[7].
1.2.1. Principais
Seitas Heréticas
Segundo
o professor Rivaldo de Melo no seu Manual de Apologética, as principais seitas
heréticas conhecidas são:
a) CATOLICISMO
ROMANO – O Catolicismo Romano originou-se no ano 323 d.C. quando o
Imperador Constantino ao dominar o Império Romano, conseguiu controlar a Igreja
politicamente através de Benesses tais como: Ofertas valiosas, construções de
templos, liberação de impostos e sustento dos sacerdotes. Passou a ser a
religião oficial do império. Muitos se convertiam em apenas por ser a religião
do governo, atrás de interesses políticos e sociais.
Principais
distorções
I. A leitura da
Bíblia é perigosa para os indoutos;
II. Venera e aceita
ensinamentos extra-bíblico: a tradição dos ensinos da igreja e
dos concílios;
III. Declara a
infabilidade do Papa;
IV. Diz ser Pedro[8] o
seu primeiro Papa e fundador;
V.
Veneração das relíquias, doutrinas do purgatório, canonização dos santos, e a
transubstanciação (mudança de um substância em outra; transformação do pão e do
vinho no corpo e sangue de Cristo), sete sacramentos, a confissão auricular, a
venda de indulgências, a assunção de Maria, etc.
b) Igreja Universal
do Reino de Deus - Fundada por Edir Macedo em 1977 no
Brasil. O Ministério Público acusa-a de formação de quadrilha e lavagem de
dinheiro[9],
enquanto seus fieis acusam-na de falsas promessas. A sua Teologia é
da prosperidadade financeira[10] e está centrada
em dois eixos: a troca entre oferta e bênção e os descarregos das entidades
espirituais negativas.
Principais distrações
III. Infalibilidade do
Bispo Edir Macedo;
IV. Defende o aborto;
V. Crê em possessão demoníaca em crentes;
VI. Pratica a exploração financeira dos seguidores;
IX. Invoca demônios;
X. Prega a maldição hereditária;
c) TESTEMUNHAS DE JEOVÁ -
Fundada por Charles Taze Russel, nascido em 1852 na Pensilvânia, nos Estado
Unidos, foi membro da Igreja Presbiteriana, Congregacional e Adventista.
Compareceu muitas vezes aos tribunais por problemas com a esposa. Seu grupo de estudo
recebeu os nomes de: Torre de vigia de Sião, aurora do Milênio, arautos da
Presença de Cristo, Sociedade do novo Mundo, Russelitas (MELO, SD).
Principais
distrações
I. Tradução
adulterada da Bíblia denominada de Novo Mundo;
II. Não crê na
trindade, nega que Jesus Cristo seja Deus e que o Espírito Santo não é uma
pessoa e sim uma influência apenas;
III. Uns dizem que o
inferno é este mundo e outros que é a sepultura;
IV. Dizem que Jesus
já veio em 1914, e que serão salvos apenas 1.444.000, que também eram chamados
de pequeno rebanho. Hoje o número deles ultrapassa esse número. O que dizer
deles?
d)
ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA - Fundada por Willian Miller, fazendeiro
norte-americano, depois de estudar o livro de Daniel, afirmou que Jesus
voltaria em 10 de dezembro de 1843. Como não aconteceu, marcou outra data para
22 de outubro de 1844. Muitas pessoas venderam o que possuíam, e dececionadas
quiseram linchá-lo (MELO, SD).
Principais
distrações
I. Doutrina da
expiação;
II. A doutrina do
santuário (As 2.300 tardes e manhãs);
III. O Juízo investigativo.
e)
MORMONIISMO- Fundada por Joseph Smith Júnior, nascido em 23 de dezembro
de 1805 nos Estados Unidos. Diz que Deus e Jesus lhe aparecem e que após um
anjo lhe deu livro escrito que o traduziu com dificuldade e que foi publicado
com o nome de “THE BOOK OF MORMON”. Em 1830 fundou a Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos dias (MELO, SD).
Principais
distrações
I. Eleva o homem ao
nível de Deus e rebaixa Deus ao nível do homem[15];
II. A salvação vem
pela obras[16],
isto é, obediência ao seu livro;
III. Afirme que
depois das ressurreição, Jesus foi à América do Norte;
IV. Aceita e pratica
a poligamia, afirma que Jesus foi polígamo. Dizem que Maria, Marta e Maria
Madalena eram algumas de suas esposas. Que o casamento de Caná da Galiléia era
dele próprio;
V. A Bíblia já não é
mais um Livro Sagrado. Porém, o único livro Sagrado é o das profecias do
Mórmon.
f) ESPIRITISMO
O
Espiritismo remota aos tempos mais antigos da humanidade. Dele tomamos
conhecimento através dos escritos da bíblia. Como advertência dos profetas de
Deus para que não nos envolvamos com esta prática, pois ela está em confronto
com a palavra de Deus. Os povos que adoravam a deuses estranhos e que seguiam
aos ensinos dados por Deus, eram usuários deste costume. Foi para que os
adoradores do verdadeiro Deus não se envolvessem com eles[17].
O
espiritismo é uma das heresias que mais cresce no mundo de hoje e está
enraizada em quase todas as religiões, principalmente naquelas enraizadas com a
Nova Era. O espiritismo é o mais antigo engano religioso que já surgiu.
A
doutrina espírita acerca de Deus é ambígua, ora assumindo aspetos deístas, ora
aspetos panteístas, ora confundindo-se com a doutrina de Deus do Cristianismo
histórico (Melo, SD).
A
questão que não calamos ao espiritismo é se os vivos podem ou não se comunicar
com os mortos? Somente a Sagrada Escritura pode responder a esta questão. No
livro de Lucas a parábola do rico e Lázaro[18]
ajuda a decifrar essa dúvida. Nesse livro, a passagem apesar de se tratar de
uma outra verdade, vemos implícito no texto que os mortos não podem e não tem
permissão para se comunicar com os vivos, essa parábola trata de um ensinamento
que o Judeu exclusivista não tinha parte com Deus. mas de uma forma (não muito
clara) podemos perceber que de forma alguma um morto pode se comunicar com um
vivo.
Não
encontramos em nenhum lugar das escrituras um só indício que o homem, em seu
estado atual, possa ter qualquer tipo de relação com os espíritos dos mortos.
Pelo contrário como vimos o Senhor tem “A chave da morte e do inferno” ( Apc
1:18), como vimos inferno que significa sepultura sendo somente Ele tem poder
para fazer sair dali os mortos, o que Ele fará em duas únicas ocasiões, ou
seja, na primeira ressurreição para os santos (I Tess 4:16) e na segunda
ressurreição do juízo para os perversos (Jo 5:29).
Enquanto
aguardamos esse evento, os espíritos dos crentes que já morreram estão
guardados inconscientes para o dia da primeira ou para o dia da segunda
ressurreição,(Hb 9:27; Ec 9:10), tanto justos como injustos estão “na sepultura
e não há ali obras, nem planos e nem sabedoria”.
Por
isso não se pode acreditar que espíritos de mortos possa se comunicar com
alguém vivo, sendo que este esta em profundo sono.(Jo 11: 11-14). Se não resta dúvida que no espiritismo
entra-se em contato com poderes sobrenaturais, com espíritos e forças
extra-humanas, extraterrenas, capazes de manifestações surpreendentes, e se
estes espíritos, segundo os ensinos das Escrituras, não pertencem aos mortos,
então quem são eles? Qual é sua historia? Qual sua missão? Onde habitam?
Quem são eles?
De acordo com o professor Rivaldo de Melo na sua
obra intitulada Manual de Apologética diz que
A bíblia nos fala dos seres espirituais invisíveis aos
homens, que algumas vezes se materializam e exercem poderes sobrenaturais. Tais
forças espirituais compõem duas classes: a de seres bons, chamados de anjos a
quem Deus usa para proteção e auxilio ao homem, e a de seres maus, que assim se
tornaram, porque voluntariamente se afastaram do plano original de Deus e
tomaram parte no movimento de rebelião contra o governo de Deus, os chamados
“Demônios”.
Os anjos são seres
espirituais criados por Deus, conforme está escrito: “porque nele foram criadas
todas as coisas que há no céu e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos,
sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por Ele
e para Ele.” (Cl 1:16). Mas ainda, as escrituras afirmam que os anjos são uma
ordem de seres mais elevada que os homens: “Pois pouco menor o fizeste do que
os anjos, e de gloria e de honra o coroaste.” (Sl 8:5).
Qual sua
missão?
Sabemos existir duas categorias de
anjos: os bons e aqueles que se tornaram maus. Os bons tem como missão sempre
beneficiar o homem. São chamados na bíblia “espíritos ministradores ou
mensageiros.”
Deus
os envia para socorrer a humanidade em diferentes circunstancias da vida. Anjos
tem agido de forma maravilhosa em diferentes ocasiões, algumas vezes assumindo
a forma humana, afim de proteger à crianças e adultos. As escrituras contem
diversas historias de tais ocasiões.
Se
os espíritos não são os mortos que voltam, podem ser os anjos bons? A resposta
é definitivamente não, pela
simples razão de que os espíritos que aparecem nas sessões são impostores.
Afirmam ser os espíritos dos seres humanos mortos, dizendo isto proferem falsidade.
Consequentemente, não.
A
única coisa que nos resta é identificar tais espíritos com as potências do mal,
as quais Paulo chama “Hostes espirituais da maldade.” Mas de onde vem? Quem as
criou? Pode um Deus perfeito e perfeitamente bom criar seres vis e enganadores?
Qual a sua historia? (a origem do mal)
O
homem foi criado “ à sua imagem, conforme a sua semelhança” (Gn 1:26-27 ). Deu
também ao homem livre arbítrio. Ou seja, a capacidade de resolução que depende
só da sua vontade. Colocou a teste sua obediência quando disse: “ de toda
árvore do jardim comeras livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do
mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”
(GN 2:16-17). O homem desobedeceu a Deus[19] e
começou toda a sua desgraça.
Esta
foi a história do pecado, a origem do pecado entre os homens. E a origem do
mal? Onde teve seu principio? Foi com a queda do homem? Certamente que não. Sua
origem se deu muito antes da criação do homem. Deus jamais criou um diabo ou
demônios. Mas criou seres perfeitos[20] e
bons, com direito de livre escolha.
Deus
criou um ser de exaltada beleza[21],
de absoluta perfeição, de maravilhoso poder. Mas a inveja, o orgulho e a
ambição egoística corromperam sua santidade.
O
anjo Lucífero foi criado perfeitamente
(lindo e sábio) todavia, a soberba e a ambição o corromperam. Quis ser
semelhante a Deus. Ao iniciar a rebelião contra Deus, foi aviltado e expulso de
sua magnifica morada, arrastando, em sua queda, importante contingente da hoste
celestial que conseguira enganar. Percebemos da Bíblia que a origem do mal foi
a soberba, ambição, ódio do Lucífero e incessante luta em tentar ser como Deus.
Concluímos
que são eles que estão por trás do espiritismo, o diabo e seus demónios caídos!
Onde habitam?
E
houve batalha no céu; Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e
batalhavam o dragão e os seus anjos; mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar
se achou nos céus. E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente,
chamada o diabo, e satanás, que engana todo mundo; ele foi precipitado na
terra, e seus anjos foram lançados com ele ( AP 12: 7-9).
Síntese
As
forças misteriosas que produzem as estranhas manifestações sobrenaturais nas
sessões se distingue por três características, e a Bíblia as atribui a Satanás
e seus anjos- os demônios:
Ø
São seres espirituais
invisíveis, e só ocasionalmente se materializam, numa forma enganadora;
Ø
São mentirosos, impostores,
pois se declaram espíritos de mortos, ao passo que a bíblia afirma que os
mortos não podem comunicar-se com os vivos e vice-versa;
Desde
que lançado fora do Céu com seus anjos, o principal objetivo de sua existência
tem sido enganar, seduzir, impelir os homens para a ruína, e opor-se a toda
verdade com respeito a sua própria natureza e a natureza de Deus. Os espíritos
nas sessões mostram-se impostores porque declaram falsas identidades.
Dizem
as escrituras que satanás e seus espíritos malignos agem “com todo o poder, e
sinais e prodígios de mentira.” O Livro profético do Novo Testamento
acrescenta: “E faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu á
terra, á vista dos homens. E enganam os que habitam na terra com sinais que lhe
foi permitido que fizesse.” (AP 13:13-14 ).
O
Filho do Homem disse: “Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e
farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os
escolhidos.”(MT 24:24).
O
espiritismo encontra terreno fértil em Moçambique, onde encontramos diversas
manifestações tanto de seitas espiritas quanto de nyangas[22]
que se julgam comunicar-se com espíritos dos mortos. Os fies a estas práticas
gastam avultadas somas de dinheiro nas consultas e tratamentos de doenças que
não curam. Frequentemente fazem cerimónias e sacrificam casal de galinhas,
cabritos e vacas para oferecer seu aos defuntos em troca de prosperidade, paz,
purificar-se da morte e afastá-la de sua família. Nesse pacto com o espiritismo
acabam vendendo sua alma ao Satã. São enganados por ele (Satã) e conduzidos ao hades[23].
O
espiritismo tem origem satânica, e sua prática não somente engana os homens,
afastando-os do único caminho da salvação mediante o evangelho mas
frequentemente perturba a alma, confundem as faculdades mentais e precipita o
ser humano numa escravizante dependência de demónios, levando à desorientação e
ao desespero, é por isto que a Bíblia condena o espiritismo.
O termo mercado se refere
à área onde são realizadas transações econômicas, isto é, uma troca de bens e
serviços entre particulares, empresas ou outro tipo de organização[24]. Concluímos que a
existência do mercado é de grande importância no desenvolvimento da economia,
da sociedade e das instituições, além de ser a principal atividade econômica do
homem. Na verdade, um indivíduo sozinho é incapaz de cobrir com suas necessidades,
por isso interage com os outros a fim de compartilhar o que tem em abundância
por aquilo que carece. Segundo o site https://conceitos.com/mercado:
A economia clássica se
distingue entre dois tipos de circunstâncias para os mercados: os perfeitamente
competitivos e os imperfeitamente. Os mercados perfeitamente competitivos são
aqueles em que o número de ofertas torna impossível que apenas uma delas tenha
interferência no preço dos bens e serviços comercializados, não é preciso dizer
que esta circunstância é ideal neste ponto de vista. Por outro lado, um mercado
imperfeitamente competitivo é aquele em que existem oligopólios ou número
reduzido de bens e serviços. Neste caso, são formadores de preço por não ter
nenhuma concorrência.
2.3.1.
Teoria de Mercado Religioso
A
Teoria de Mercado Religioso teve seu início no livro V, capítulo I, terceira
parte, artigo terceiro do livro «A Riqueza das Nações» do pai de economia Adam
Smith. Esse capítulo trata do modo de
financiamento das organizações religiosas.
O
clássico Adam Smith considerou duas formas de obtenção de recursos financeiros
para sustento de religiosos. Uma, por meio da contribuição voluntária, não
compulsionária, de seus fies, e a outra pela sua transformação de pregadores em
servidores de Estado, com direito a um salário, remuneração ou estipêndio pago
em dinheiro oriundo dos impostos.
Segundo
Oliveira & Neto (2014) o zelo e empenho dos religiosos não apoiados por
fundos públicos, relativamente aos clérigos apoiados pelo Estado, seriam
provavelmente muito maiores, já que estes últimos se entregariam à indolência,
não se esforçando por atrair novos seguidores para as suas igrejas.
A
prestação de um serviço de baixa qualidade, ou realizado com baixa
produtividade, realizado por clérigos pagos pelo Estado, ainda teria como
explicação, o facto de que esses homens teriam perdido as virtudes originais de
que lhes tinham permitido ser bem-sucedidos, inicialmente, no mercado
religioso.
Desta
forma é evidente que não seria de estranhar, que a atitude dos clérigos de
religiões estabelecidas pelo Estado quando ameaçados, de um modo ou de outro,
em sua posição, no mercado religioso, por concorrentes produtivos, ávidos e
dispostos a oferecer bens e serviços religiosos de alta qualidade, demandados
pelos consumidores, seria apelar a intervenção do Governo (OLIVEIRA & NETO,
2014: P. 4).
De
acordo com Iannaccone citado por Oliveira & Neto (2014), como no mercado
religioso não existiriam barreiras naturais ou tecnológicas à entrada de outros
concorrentes, a repreensão estatal seria a alternativa utilizada pelas
religiões estabelecidas. Quando confrontadas em sua doutrina pelas novas competidoras,
para tentar impedir o avanço destas, as religiões estatais lançariam mão do
recurso de acusar as novas religiões de perturbar a ordem e tranquilidade públicas.
Reza a Historia que estes fenómenos foram observados vezes sem conta antes e
depois da Reforma Religiosa.
2.3.2.
Religião e Consumo
Antes,
a religião e o consumo não se misturavam e o sagrado ocupava um lugar central
na vida da maioria das pessoas. No entanto, na contemporaneidade esta posição
do sagrado sofreu um deslocamento descrito assim por Bauman citado por Moreira
(2011, P. 5):
Esse
é o maior desafio que o ‘sagrado’ já enfrentou ao longo de sua história. Não
que agora nos consideremos autossuficientes e onipotentes, tendo deixado de
lado os sentimentos de inadequação, desamparo e falta de recursos (não nos
livramos dos sentimentos que Kolakowsky apontou como fontes da emoção religiosa).
Os
homens desvalorizam o sagrado por ganância, egoísmo, sobretudo por estarem a
mando do Lucífero[25].
Todavia, o sagrado jamais deixou de ser sagrado, pois continua com o mesmo
valor de sagrado. Aquele que busca ao Senhor[26]
reserva o devido lugar ao sagrado e o que busca extorquir dinheiro aos fieis
com (teatros de cura e espiritismo) não é de Deus[27].
Se
antes o que se pretendia alcançar com a religião era o paraíso pós-morte, hoje
já não cabe mais esperar a recompensa futura. “As pontes que ligam a vida
mortal à eternidade, laboriosamente construída durante milênios, caíram em
desuso” (BAUMAN citado por MORREIRA 2011 P. 5). O imediatismo e o individualismo,
valores tão cultuados na contemporaneidade, fazem com que grande parte das
pessoas deseje que o paraíso seja mais facilmente alcançável.
Ao
se estabelecer o estreitamento da relação entre religião e consumo, com a consequente
mercantilização do sagrado, as igrejas, em especial as neopentecostais,
passaram a se pautar pelas estratégias de comunicação e marketing. Neste
contexto, a mídia assumiu um papel preponderante na relação entre as
instituições religiosas e a opinião pública.
O pluralismo religioso e a variedade de concorrentes no
mercado criam um ambiente propício e, ao mesmo tempo, necessário para o
aparecimento de técnicas de marketing, visando conquistar e manter fiéis,
ampliando a diversificação de produtos e serviços religiosos, com o firme
propósito de atender a demanda do mercado religioso. É como se fosse um
“supermercado da fé”(REFKALEFSKY citado por MORREIRA, 2011 P. 6).
Com
a globalização[28]
os sistemas explicativos da realidade, religiosa estão concorrendo uns com os
outros pela hegemonia da explicação, sem a presença do mediador coercitivo que
defina o melhor ou qual deve ser escolhido.
As
religiões serão, então, verdadeiras agências religiosas negociando a colocação
de seu produto em campo. Essa disputa (concorrência), pode levar a uma
autofagia em que um, na tentativa de avançar, destrói o outro e vice-versa.
Isto está mais visível nas campanhas de marketing da IURD que por vezes mancha
a imagem de outras seitas similares (do neopentecostalismo brasileiro)
principalmente na cidade de Maputo.
Segundo
Berger citado por Morreira, o protótipo histórico da alteração é a conversão
religiosa. E para que ela seja bem sucedida, é preciso que a pessoa convertida
mantenha os laços com a ecclesia, em outras palavras, é necessário que
ela se torne membro efetivo da comunidade religiosa. Com a mediação dos meios
de comunicação de massa essa tarefa de conversão de almas se tornou mais
plausível.
O
rádio foi o veículo utilizado por maior parte das igrejas neopentecostais, como
instrumento de conversão e evangelização de fiéis. Principalmente a partir da
década de 80, há uma proliferação das estações de rádio pertencentes a grupos
evangélicos neopentecostais, que até hoje fazem uso deste veículo para
conquistar novos adeptos.
A
própria Igreja Católica, que resistiu (por muito tempo) à utilização dos meios
de comunicação de massa - por considerá-los desagregadores das famílias cristãs
entrou nesse processo, ainda que tardiamente.
Na
tentativa de fidelizar seus adeptos contra as igrejas reformadas e neopentecostais,
a Igreja Católica dispõe de meios de comunicação de massa tais como: TVs Rede
Vida e Canção Nova, ligadas à Igreja e, a exemplo das grandes corporações,
possui até um departamento para cuidar se sua imagem institucional: o Instituto
Brasileiro de Marketing Católico.
Na
verdade, teologia e marketing já há algum tempo andam de mãos dadas. O fenômeno
mítico religioso não é suscitado pelo poder dos conteúdos, mas sim por uma
lógica mercantil, profético-moralista e escatológica, que troca o antigo bem
ético pelo bem estar individualista, associando salvação a consumo (SODRÉ,
2006, p.2).
Congregações
religiosas mais tradicionalistas, como a Assembleia de Deus que resistiu aos
meios de comunicação de massa por muito tempo, hoje já os utilizam visando
manter seus fiéis, até porque o trânsito religioso entre as igrejas evangélicas
é muito intenso. Atualmente, esta igreja possui um canal de TV através do qual
pratica o televangelismo, um eficiente instrumento de conversão, portal na
internet e participa das redes sociais.
Já
outras congregações religiosas que surgiram mais recentemente só ganharam
visibilidade por terem um trabalho efetivo através dos meios de comunicação de
massa. Mas indiscutivelmente a que mais se utiliza das ferramentas de
comunicação e marketing é a IURD. Ela é a que mais cresce – e aparece – em
Moçambique, além de estar presente em 172 países.
Em
artigo publicado por ocasião dos 2000 anos de Cristianismo, sob o título “O
Boom Pentecostal” (ISTO É, edição 1269, dezembro de 2000), Ricardo Mariano
explica assim a fórmula do sucesso das igrejas pentecostais, referindo-se
principalmente à Universal:
Para
ofertar seus serviços mágico-religiosos, a Igreja faz uso de rádio e tevê e de
técnicas de marketing, de forma a maximizar a atração de novas clientelas.
Soma-se a isso a gestão empresarial dos bens de salvação e da administração
eclesiástica ... Na esteira do “lobby da batina”, instrumentaliza sua atuação
na esfera pública para reforçar seu desempenho no mercado religioso, e
vice-versa (ROMANO, 2000, p.26).
Refkalefsky
(2006, p.7) entra em harmonia com Romano e completa:
Lançando
mão da tecnologia disponível, as igrejas da pós-modernidade têm usado
estrategicamente os meios de comunicação de massa, e através deles, reúnem em
suas dependências jovens, excluídos ou emergentes, (dependendo do público alvo
da igreja). E a eles asseguram a vitória em meio às tribulações, pregam a
prosperidade em tempos de crise e arrebanham para suas fileiras estas pessoas
que buscam ansiosamente o sucesso e a solução imediata de seus problemas ou de
suas exclusões sociais, quando puderem adentrar novos céus, aqui na Terra.
Há
maior parte de adeptos das igrejas neopentecostais[29]
não buscam a salvação da sua alma após a morte, isto é, não busca o paraíso eterno
mas sim, a resolução dos problemas financeiros e cura de doenças. A doutrina
dos mestres neopentecostais contradiz com a doutrina pregada pelo Mestre Jesus
Cristo. Pois, o Senhor não pregava a doutrina da prosperidade financeira mas
sim a doutrina de vida eterna. Duvidamos se a IURD pudesse receber no seu
templo um bastardo sem poder de dizimar.
Antes
os fieis do protestantismo clássico levavam a Bíblia nas mãos para a
participação nos cultos e escolas dominicais. Porém, hoje os adeptos do
neopentecostalismo pautam pelas estratégias de marketing, oferecem produtos diversificados
conforme o público-alvo que pretendem atingir. Sendo-lhes, portanto, táticas de
mais-valia os shows a play back,
gravadoras, produtoras de vídeo e, sobretudo estações de rádio e de TV.
2.3.4.
Venda de Indulgências
A indulgência é relacionada com a clemência, tolerância e perdão,
pois todas essas qualidades derivam a partir do ato de absolver alguém de um
castigo ou uma punição. Etimologicamente, o termo indulgência deriva do latim indulgentia,
que significa “bondade”, “para ser gentil” ou “perdão de uma pena”.
A indulgência é uma qualidade humana bastante louvável, pois
representa a bondade e a capacidade de ser tolerante perante às ações ou
particularidades das outras pessoas. No âmbito religioso, nomeadamente na
doutrina Católica Apostólica Romana, a indulgência é a remissão dos pecados e
castigos cometidos por um indivíduo, cuja culpa já tenha sido perdoada pela
igreja, através da misericórdia.
Acreditamos
que o clero fez acreditar os fies que Cristo em pessoa, a Virgem Maria e muitos
santos tivessem ganhado, durante sua vida, um surplus de mérito que
poderia ser distribuído entre os cristãos menos praticantes da fé e que haviam,
ao contrário deles, acumulado um déficit em razão dos pecados cometidos, e,
para expiá-los, deveriam passar um longo período de tempo no Purgatório. Segundo
David Christie-Murray, 1998, p. 169 citado por Jacopo Fo, Tomat et al,
Os
papas, depositários, através de Pedro, das chaves da Igreja, tinham acesso a
esse tesouro e podiam estendê-lo aos pecadores que precisassem de uma
diminuição na pena. Estes podiam, assim, privar-se de parte das riquezas
acumuladas durante a vida terrena e receber em troca a riqueza espiritual dos
santos. Mesmo não sendo possível comprar a salvação, podia-se, no entanto,
pagar pela remissão (mesmo total) da pena.
O
auge dessa prática se deu durante o pontificado de João de Mediei, o Leão X
(1513-1521), que lançou uma aberta política de venda de indulgências.
Verdadeiros mascates percorreram a Europa vendendo "cartas de
indulgência", quase bônus-Paraíso, que podiam ser comprados sem maiores
formalidades, mas desconcertando muitos crentes genuínos.
Em
1517, foi divulgada a Taxa Camarae, uma lista das indulgências previstas
para os vários pecados, com um tarifário a elas referentes (Jacopo Fo, Tomat et al), reportado a
seguir:
a.
O eclesiástico que incorrer
em pecado carnal, seja com freiras, primas, sobrinhas, afilhadas ou, enfim, com
outra mulher qualquer, será absolvido mediante o pagamento de 67 libras e 12
soldos.
b.
Se o eclesiástico, além do
pecado de fornicação, pedir para ser absolvido do pecado contra a natureza ou
de bestialidade, deverá pagar 219 libras e 15 soldos. Mas se tiver cometido
pecado contra a natureza com crianças ou animais, e não com uma mulher, pagará
apenas 131 libras e 15 soldos.
c.
O sacerdote que deflorar uma
virgem pagará 2 libras e 8 soldos.
d.
A religiosa que quiser ser
abadessa após ter se entregado a um ou mais homens simultânea ou
sucessivamente, dentro ou fora do convento, pagará 131 libras e 15 soldos.
e.
Os sacerdotes que quiserem
viver em concubinato com seus parentes pagarão 76 libras e 1 soldo.
f.
Para cada pecado de luxúria
cometido por um leigo, a absolvição custará 27 libras e 1 soldo.
g.
A mulher adúltera que pedir
a absolvição para se ver livre de qualquer processo e ser dispensada para
continuar com a relação ilícita pagará ao papa 87 libras e 3 soldos. Em um caso
análogo, o marido pagará o mesmo montante; se tiverem cometido incesto com o
próprio filho, acrescentar-se-ão 6 libras pela consciência.
h.
A absolvição e a certeza de
não ser perseguido por crime de roubo, furto ou incêndio custarão ao culpado
131 libras e 7 soldos.
i.
A absolvição de homicídio
simples cometido contra a pessoa de um leigo custará 15 libras, 4 soldos e 3
denários.
j.
Se o assassino tiver matado
dois ou mais homens em um único dia, pagará como se tivesse assassinado um só.
k.
O marido que infligir
maus-tratos à mulher pagará às caixas da chancelaria 3 libras e 4 soldos; se a
mulher for morta, pagará 17 libras e 15 soldos; e se a tiver matado para se
casar com outra, pagará mais 32 libras e 9 soldos. Quem tiver ajudado o marido
a perpetrar o crime será absolvido mediante o pagamento de 2 libras por cabeça.
l.
Quem afogar o próprio filho
pagará 17 libras e 15 soldos (ou seja, 2 libras a mais que aquele que matar um
desconhecido), e se pai e mãe o tiverem matado de comum acordo, pagarão 27
libras e 1 soldo pela absolvição.
m.
A mulher que destruir o
filho que carrega no ventre e o pai que contribuir para a realização do crime
pagarão 17 libras e 15 soldos cada. Aquele que facilitar o aborto de uma
criatura que não for seu filho pagará 1 libra a menos.
n.
Pelo assassinato de um
irmão, uma irmã, mãe ou pai, pagar-se-ão 17 libras e 5 soldos.
o.
Aquele que matar um bispo ou
prelado de hierarquia superior pagará 131 libras, 14 soldos e 6 denários.
p.
Se o assassino tiver matado
mais sacerdotes em várias ocasiões pagará 137 libras e 6 soldos pelo primeiro
homicídio e a metade pelos seguintes.
q.
O bispo ou abade que cometer
homicídio por emboscada, acidente ou estado de necessidade pagará, para
conseguir a absolvição, 179 libras e 14 soldos.
r.
Aquele que quiser comprar
antecipadamente a absolvição por qualquer homicídio acidental que possa vir a
cometer no futuro pagará 168 libras e 15 soldos.
s.
O
herege
que se converter pagará, pela absolvição, 269 libras. O filho do herege que
tiver sido queimado, enforcado ou executado de qualquer outra forma poderá ser
readmitido apenas mediante o pagamento de 218 libras, 16 soldos e 9 denários.
t.
O eclesiástico que, não
podendo pagar os próprios débitos, quiser se livrar de ser processado pelos
credores entregará ao pontífice 17 libras, 8 soldos e 6 denários, e a dívida
lhe será perdoada.
u.
Será concedida a licença
para a instalação de postos de venda de vários gêneros sob os pórticos das
igrejas mediante o pagamento de 45 libras, 19 soldos e 3 denários.
v.
O delito de contrabando e
fraude aos direitos do príncipe custará 87 libras e 3 denários.
w.
A cidade que quiser que seus
habitantes ou sacerdotes, freis ou monjas obtenham licença para comer carne e
laticínio em épocas em que é proibido pagará 781 libras e 10 soldos.
x.
O mosteiro que quiser variar
a regra e viver com menos abstinência do que a prescrita pagará 146 libras e 5
soldos.
y.
O frade que, por
conveniência própria ou gosto, quiser passar a vida em um ermitério com uma
mulher dará ao tesouro pontifício 45 libras e 19 soldos.
z.
O apóstata vagabundo que
quiser viver sem obstáculos pagará igual quantia pela absolvição.
aa. Igual
montante pagarão os religiosos, sejam eles seculares ou regulares, que queiram
viajar em trajes de leigo.
bb. O
filho bastardo de um sacerdote que queira preferência para suceder o pai na
cúria pagará 27 libras e 1 soldo.
cc. O
bastardo que queira receber ordens sagradas e gozar de seus benefícios pagará
15 libras, 18 soldos e 6 denários.
dd. O
filho de pais desconhecidos que queira entrar para as ordens pagará ao tesouro
pontifício 27 libras e 1 soldo.
ee. Os
leigos feios ou deformados que queiram receber ordenamentos sagrados e ter
benefícios pagarão à chancelaria apostólica 58 libras e 2 soldos.
ff.
Igual quantia pagará o vesgo
do olho direito, enquanto o vesgo do olho esquerdo pagará ao papa 10 libras e 7
soldos. Os estrábicos bilaterais pagarão 45 libras e 3 soldos.
gg. Os
eunucos que queiram entrar para as ordens pagarão a quantia de 310 libras e 15
soldos.
hh.Aquele
que, por simonia, queira comprar um ou muitos benefícios se dirigirá aos
tesoureiros do papa, que lhe venderão os direitos a preços módicos.
ii.
Aquele que, tendo
descumprido um juramento, queira evitar qualquer perseguição e se livrar de
qualquer tipo de infâmia pagará ao papa 131 libras e 15 soldos. Além disso,
dará 3 libras para cada um que ouviu o juramento.
Não
havia crime, nem o mais cruel, que não pudesse ser perdoado mediante pagamento.
Naqueles anos, o dominicano Tetzel percorreu a Alemanha vendendo cartas de
indulgência. Mais tarde, Lutero citado por Jacopo Fo, Tomat et al, descreveria sua obra da seguinte forma:
Seus
poderes e graça foram ampliados de tal forma pelo papa que, se alguém violasse
ou engravidasse a Virgem Maria, ele teria perdoado aquele pecado assim que uma
quantia de dinheiro suficiente fosse colocada em sua bolsa... Ele redimiu mais
almas com as indulgências do que São Pedro com seus sermões; quando era
colocado em sua bolsa um dinheiro pelo Purgatório... a alma se elevava
imediatamente para o Paraíso; não havia necessidade de comprovar dor ou
arrependimento por um pecado se era possível comprar indulgências ou cartas de
indulgência. Tetzel vendia até o direito de poder pecar no futuro... qualquer
coisa era garantida em troca de dinheiro.
A
venda de indulgências era apenas a ponta do iceberg de um fenômeno geral de
corrupção na Igreja Católica Apostólica Romana. Os altos prelados acumulavam
mais encargos e as relativas prebendas. Os bispos não residiam nas sedes a eles
designadas: por exemplo, um nobre de Ferrara podia ser nomeado arcebispo na
Hungria e nunca sair de sua casa, limitando-se a receber o dízimo dos fiéis de
cujas almas devia cuidar.
2.3.5.
Venda de Indulgências na Modernidade
Na idade
média o grande problema do homem era a questão do pecado, a Igreja Católica Apostólica Romana resolveu
esta questão com a venda de indulgência, arrecadando monstruosas fortunas para os seus
cofres e para os cofres de pessoas que se associaram a esta prática perversa.
O grande
problema do homem no século XXI continua sendo o pecado, com a predominância da ganância e materialismo, consciente disto,
líderes evangélicos e neopentecostais inventaram uma fórmula mágica para se
enriquecerem, a "Teologia da Prosperidade", que nada
mais é do que a venda de indulgência. A prática é nova mas a fórmula é velha e
começou com a Igreja Católica Apostólica Romana, com a
diferença de que aquela vendia o perdão dos pecados e estes vendem o acesso à "prosperidade divina"
(MOLLEIRO; SD).
Apegam-se a textos
bíblicos fora do contexto geral das escrituras e afirmam que a única forma de
se ser abençoado financeiramente é através do "pagamento
a Deus" de ofertas e dízimos. É a questão da semente, se não se semeia não
se colhe?
Os dízimos e ofertas são
parte da adoração a Deus e para custear[30] as despesas da igreja como pagamento de pastores, obra missionária, construção de
templos etc. Nunca, de forma alguma a bênção financeira concedida por Deus está
condicionada às ofertas financeiras.
Perguntamos qual foi a
motivação de Abel ao oferecer a sua oferta a Deus? Será que foi para crescer o
seu rebanho e ele se tornar um grande fazendeiro? Na cabeça hipócrita de muitos líderes da Teologia da Prosperidade com certeza a motivação
de Abel era: "sacrifico um
cordeiro para ganhar mil cordeiros". Mas com certeza o ato do Abel ao sacrificar o primogênito dos seus cordeiros foi de profunda
adoração e culto a Deus.
Abraão deu
dízimos para ser abençoado ou Abraão já estava abençoado quando deu os dízimos a Melquisedeque[31]. O contexto bíblico
mostra Abraão riquíssimo porque Deus o abençoara, muito antes dele dar os
dízimos. Não dissemos de forma alguma que não se deve dar os dízimos e oferta ou que
dar dízimos e ofertas não é uma doutrina bíblica, estamos dizendo que se alguém
faz isto para ser abençoado financeiramente não encontra respaldo teológico,
dízimos e ofertas estão relacionados ao nosso culto a Deus, à nossa adoração, nunca com a obtenção de
lucros pecuniários de Deus[32].
Mas diria alguém: e Malaquias e a semente que o apóstolo Paulo falou.
Mas diria alguém: e Malaquias e a semente que o apóstolo Paulo falou.
O contexto em Malaquias[33] nos mostra o culto a Deus
desprezado e a falta de restauração do templo, depois Deus fala do dízimo, isto
significa que a bênção de Deus é o resultado do culto e adoração a Deus, com a
implicância que isto envolve como a obediência aos seus mandamentos e um
coração voltado para ELE. E a semente de Paulo: A semente foi para matar a fome dos cristão pobres
de Israel.
Principais
indulgências modernas comercializadas pelos neopentecostais: Sabonetes; toalhas; vassouras; água; fogueira
santa; entre outras indulgências. O que
queremos alertar aos adeptos destas seitas é:
"E
simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espirito
Santo, lhes ofereceu dinheiro, dizendo: Dai-me também a mim esse poder, para
que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espirito Santo. Mas disse-lhe
Pedro: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de
Deus se alcança por dinheiro. Tu não tens parte nem sorte nesta palavra, porque
o teu coração não é reto diante de Deus. Arrepende-te, pois, dessa tua iniquidade,
e ora a Deus, para que porventura te seja perdoado o pensamento do teu
coração" (Atos 8:18-22).
CONCLUSÃO
As
seitas religiosas possuem algo que atrai as pessoas e quando dentro do movimento são propagadoras fieis
de suas “verdades”. Os seus fieis geralmente são tão convictos que são capazes
de dar a vida pela crença que abraçaram.
Estes grupos têm respostas para todas questões ou fatos não explicados. No
entanto, quando vão ao encontro com essas questões, dando respostas para tudo e
projetando o indivíduo como se de deus se tratasse, passa a haver uma
dependência natural e psicológica levando o individuo a investir cada vez mais
nos ensinos da seita, trilhando uma entrada sem fim e buscando alguma coisa que
jamais irá encontrar. Além de gastar elevadas somas em dinheiro para dízimos e
ofertórios.
As
seitas acrescentam algo a mais e não vê somente na doutrina bíblica a
autoridade eclesiástica. Isto é, os escritos[34]
dos seus líderes estão acima da Bíblia Sagrada.
E se guião mais por esses ensinamentos. Também, subtraem na Bíblia e na
pessoa de Jesus Cristo a parte divina[35]. É preciso antes de lidar com alguém
pertencente a uma seita, estar fortemente capacitado sob risco de ser
convencido e cair em heresias.
As
seitas religiosas abandonam o sagrado e confundem a mente dos seus adeptos para
estes, inocentes, pagarem elevadíssimas somas de dinheiro em ofertórios e
dízimos pensando que estão se salvando ou comprando cura espiritual. Esta
doutrina de prosperidade e/ou venda de indulgências foi repudiada pelos
apóstolos, quando Simon quis comprar o Dom de Espirito Santo por dinheiro.
O
verdadeiro cristão deve saber dar ao César o que é do César e dar ao Deus o que
é de Deus (Mc 12,13-17). Deus não precisa de dinheiro de ninguém. Porém, a décima
parte dos rendimentos do homem deve ser canalizada para pagamento de despesas
da igreja e sustento de missionários e pastores à cargo da igreja que não
realizam trabalhos pessoais. Estão empenhados em trabalhos eclesiásticos. Antes
este serviço estava à cargo da tribo de Levi.
«E
entrou Jesus no templo de Deus, e expulsou todos os que vendiam e compravam no
templo, e derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas;
E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; mas vós a
tendes convertido em covil de ladrões» (Mateus 21:12-13).
Esta citação de Mateus 21:12-13 deixa claro que o
templo foi criado pura simplesmente para adorar ao Senhor. É proibido vender no
templo de Deus seja qual for a peça. No templo da IURD vende-se gravatas de
sorte; chaves que abrem portas de emprego; sabonetes que dão cura espiritual;
vassouras que varem pecados; óleo de Israel; etc. À estas práticas denominamos
venda de indulgências modernas.
"Vós
já estais limpos pela
palavra que vos tenho falado" (João 15:3). Isto quer dizer que dispensamos
atar laços vermelhos nos pulsos; levar água na garrafa para igreja para obter
bênção; comprar sabonetes e perfumes que limpam pecados; entre outras práticas
abomináveis diante de Deus. Lembre-se sempre o Senhor é o Alfa e o Omega, o
Primeiro e o Derradeiro, o Princípio e o Fim (Apocalipse 22:13).
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Elementos para uma teoria sociológica da religião. São Paulo:
Paulus, 1985.
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Edição 1269. São Paulo: Três. 20 de dezembro de 2000.
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em http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos/jd110720011.htm. Acesso
em 24/10/2018.
20
Universidade
da Bíblia. Manual para Confecção de Dissertação de Mestrado Profissional
(2011);
[1]Conhecendo-me
já desde o princípio (se o quiserem testificar), que, conforme a mais severa
seita da nossa religião, vivi fariseu. (Atos 26.5.)
[2] Mas, ainda
que nós mesmos, ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho,
além do que já vos
anunciamos, seja anátema (Gl. 1:8);
[3] ORA, a
serpente era mais astuta que todos os animais do campo
que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse:
Não comereis de toda a árvore do jardim? (Gn. 3:1);
[4] Não dando
ouvidos às fábulas judaicas, e aos mandamentos de homens que se
desviam da verdade (Tito 1:14).
[5] PORÉM o
Espírito expressamente diz que nos últimos tempos alguns apostatarão da fé, dando ouvidos
a espíritos enganadores,
e a doutrinas de demônios (I Tm. 4:1);
[6] Os falsos mestres entre os santos são
condenados — Os santos concupiscentes perecerão em sua própria corrupção. E
TAMBÉM houve entre o povo falsos
profetas, como entre vós haverá
também falsos mestres, que
introduzirão encobertamente heresias destruidoras, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição.
2 E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho
da verdade. 3 E por
avareza farão de vós negócio com palavras
fingidas, sobre os quais já de largo tempo não está ocioso o juízo, e a sua
destruição não dorme (II Pe. 2:1-3).
[7] O autor sendo fazendeiro da
região de Nhancoja no distrito de Jangamo, Província de Inhambane - Moçambique,
nunca viu a planta do trigo que é usada nas Sagradas Escrituras, assim, o milho
que é uma planta que frequentemente se
cultiva em Nhancoja.
[8] A teoria de
que Pedro foi o primeiro papa não resiste à análise bíblica. A tradição
católica diz que Pedro foi papa em Roma durante vinte e cinco anos, mas nunca
pôde ser confirmado nem na Bíblia e nem na história. Se o apóstolo Pedro foi
martirizado no reinado do imperador tirânico Nero, por volta de 67 ou 68 d.C.
Subtraindo dessa data vinte e cinco anos, retrocedemos a 42 ou 43 d.C.
Rastreando a vida do apóstolo Pedro, no Novo Testamento, fica desmascarada essa
tradição romanista. O Concílio de Jerusalém (Atos 15) ocorreu em 48 ou pouco
depois, entre a primeira e a segunda viagens missionárias do apóstolo Paulo. O
apóstolo Pedro participou desse Concílio, mas quem o presidiu foi Tiago.
Confira isso em Atos 15.13,19. Em 58 o apóstolo Paulo escreveu a epístola aos
Romanos e no capítulo 16 mandou saudação para muita gente em Roma, todavia, o
tal papa de Roma sequer é mencionado. Não é estranho? Em 62 Paulo chegou a
Roma, foi visitado por muitos irmãos, novamente não se tem notícia desse
suposto papa. Veja Atos 28.30,31. É verdade que a simples ausência do nome do
apóstolo Pedro não se constitui fator decisivo para se rejeitar a tradição
católica sobre a figura do papa. Isso é mais um recurso que depõe contra o
paganismo, e mais uma prova, à luz da Bíblia, que o apóstolo Pedro nunca foi
bispo de Roma. Falta, portanto, fundamento bíblico para consubstanciar a figura
do papa.
[9] Assista Edir Macedo
ensinando como tomar dinheiro dos inocentes:
http://media.putfile.com/edir_macedo_ensina_a_enganar
[10] A Teologia da
Prosperidade não base Bíblica. Pois, a
fé e a salvação já foi comprada com Sangue, portanto não há dinheiro que
pague o sacrifício de Jesus; Dar ofertas e dízimos é uma prova de fé e se
aquele que dá espera receber algo em troca não está dando por fé, mas com
intenção de obter algo em troca, ou seja, isso se chama “troca de favores”.
[11] condiciona a salvação às
suas práticas e crendices, através da “posse de elementos salvíficos, como
rosas ungidas, óleos especiais além de outros tipos de produtos mágicas.
[12]Simonia sf (baixo-lat simonia, de Simone, np+ia1) 1 Ato de
comprar ou vender bens espirituais, coisas que deles dependem ou que estão a
eles ligadas; por alusão ao personagem bíblico Simão, o Mago, que quis comprar
aos apóstolos o dom do milagre. 2 Equiparação de bem espiritual a valores
materiais. 3 Negócio com objetos sagrados. 4 Tráfico de bens espirituais. 5
Obtenção ou cessão de benefício ou prebendas eclesiásticas por meio de peita,
suborno ou munificência.
[13]Animismo sm (lat anima+ismo) 1 Doutrina dos que consideram a alma
como princípio ou causa de todos os fenômenos vitais (normais ou patológicos).
2 Idéia que consiste em dar alma a coisas inanimadas: Animismo infantil. 3
Crença dos povos que supunham existirem espíritos em todos os seres da
Natureza.
[14] Doutrina que junta o pagã que
enfatiza que se a o crente estiver doente e/ou com problemas espirituais pode
buscar outra salvação ou cura fora de Deus e igreja. Sincretismo significa
juntar igreja e espiritismo.
[15] Eles
acreditam que Deus- tem corpo de carne e osso, bem como seu filho. Por evolução
chegou ao ponto em que se encontra;
[16] Porque pela graça sois
salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das
obras, para que ninguém se glorie" (Ef 2.1-9). Não te iludas, "todo
aquele que comete pecado é escravo do pecado" (Jo 8.34), e este o domina,
o vence, prevalece contra ele porque é mais forte do que ele, e pode ser
libertado dele só por Jesus Cristo, e se Ele o libertar verdadeiramente será
livre (Jo 8.36). Portanto, a salvação não vem das obras e nem da obediência do
livro do Mórmon.
[17] Quando
entrares na terra que o SENHOR teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme
as abominações daquelas nações (DT 18:9);
Entre ti não
se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou sua filha, nem adivinhador,
nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro (DT 18:10)
Nem
encantador, nem quem consulte a um espirito adivinhador, nem mágico, nem quem
consulte os mortos (DT 18:11);
Pois todo
aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o
SENHOR teu Deus os lança fora de diante de ti.” ( DT 18:12 ).
[18] Ora, havia
um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os
dias regalada e esplendidamente; Havia também um certo mendigo, chamado
Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele; E desejava saciar-se com as
migalhas que caíam da mesa do rico; e até vinham os cães, e lambiam- lhe as
chagas. E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o
seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. E no inferno,
erguendo os olhos, estando em tormentos, viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu
seio. E ele, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a
Lázaro que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque
estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que
recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é
consolado, e tu, atormentado; E além disso, está posto um grande abismo
entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não
poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá. E disse ele: Rogo-te, pois, ó
pai, que o mandes à casa de meu pai.
Porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não
venham também para este lugar de tormento. Disse-lhe Abraão: Eles têm Moisés e
os profetas; ouçam nos. E disse ele: Não, pai Abraão; mas, se alguém dos mortos
fosse ter com eles, arrepender-se-iam. Porém Abraão lhe disse: Se não ouvem
Moisés e os profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos
ressuscite (Lc 16: 19 a 31).
[19] E viu a
mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável
aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu
fruto, e comeu, e deu também a seu marido que estava com ela, e
ele comeu (GN 3:6)…E o SENHOR Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isso,
maldita serás mais que todo o gado, e mais que todos os animais do
campo; sobre o teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida. E
porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente;
esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. E
à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor
e a tua conceção; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será
para o teu marido, e ele te dominará. 17 E a Adão disse: Porquanto deste
ouvidos à voz de tua mulher e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não
comerás dela; maldita é a terra por causa de ti; com dor
comerás dela todos os dias da tua vida. 18 Espinhos e cardos também te
produzirá; e comerás a erva do campo (GN 3:14 a 18).
[20] Tu eras o querubim, ungido
para cobrir, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das
pedras afogueadas andava. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que
foste criado, até que se achou iniquidade em ti (EZ 28:14-15 ).
[21] Elevou-se o teu coração por causa
da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por
terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti ( EZ 28: 17 ).
[22] Nome de origem bantu que
significa curandeiro/feiticeiro; Mensageiro dos espíritos;
[23] Palavra grega que significa
inferno;
[24] https://conceitos.com
[25]Disse então
Jesus aos seus discípulos: Em verdade vos digo que dificilmente entrará um
rico no reino dos céus. E outra vez vos digo que é mais fácil passar um
camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus (Mateus
19:23-24);
[26] Daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus (Mc
12,13-17);
[27] Os judeus tinham uma noção errada sobre os ricos e os pobres.
Compreendiam ser a prosperidade uma prova do favor divino simbolizando bênçãos
de Deus materializadas na vida do homem. Dessa forma criam que era mais fácil a
salvação para os ricos do que para os pobres. Coube a Jesus trazer o
entendimento necessário a essa questão. O vemos antes deste incidente com o
moço rico, relatando a história do Rico e Lázaro, aonde o rico vai para a
perdição e o pobre para a salvação. Não devemos nos deixar levar por conclusões
simplistas de que todos ricos vão para o inferno, e de outro lado os pobres por
essa condição se salvarão. O que Jesus está realmente ensinando? Que as
riquezas podem ser perigosas para aqueles que as possuem.
Três Interpretações são dadas para Mateus 19: 24:
1ª) Houve uma substituição da palavra grega – kámilos – corda,
para kámelos – o animal. O fundo da agulha considerar-se-ia literalmente.
2ª) A palavra camelo deve ser considerada literalmente, mas o
fundo da agulha era uma pequena porta ao lado da porta principal de Jerusalém,
pela qual um camelo passaria, após tirar-lhe a carga e, mesmo assim ajoelhado e
aos empurrões.
3ª) Tanto o camelo quanto o fundo da agulha são considerados
literalmente. Essa terceira é a interpretação que mais simpatizamos. Assim como
a repetição e a metonímia, Cristo usa uma figura de linguagem chamada
hipérbole, que nesse caso se caracteriza pelo exagero, com o objetivo de
despertar a atenção dos ouvintes para melhor fixar a narrativa na memória.
Então, para enfatizar uma verdade divina, Jesus usou o recurso do exagero para
que, causando o impacto esperado, todas as pessoas em todos os tempos repetissem
essa comparação aprendendo uma verdade divina (Marcos Bizerra).
[28] Tudo
funciona como um livre mercado em que as doutrinas não mais podem ser impostas,
mas sim postas à observação e possível escolha. Existem várias estruturas de
plausibilidade "brigando" entre si na tentativa de conseguir o maior
número possível de adeptos. Avança mais quem estiver melhor estruturado e
oferecer os melhores produtos. Com isso tem-se que estudar o mercado, seus
consumidores, nível de concorrência etc., para que se possa aprimorar o
produto.
[29]"O
Neopentecostalismo, como estratégia proselitista, pouco exige dos adeptos. A
exceção mais evidente fica por conta dos incessantes pedidos de dízimos e
ofertas. Em troca, promete tudo, solução para todos os problemas, o fim do
sofrimento, a panaceia. Seu sucesso fundamenta-se extensamente no milagre, na
magia, na experiência extática, no transe, no pietismo ou na manipulação da
emoção transbordante e desbragada, todas elas práticas desprezadas e reprimidas
pelas igrejas Católica e protestantes históricas. Propicia, em suma, magia e
catarse para as massas" (Mariano, 1998).
[30] «E eis que
aos filhos de Levi dei todos os dízimos em Israel por herança,
pelo seu serviço que
realizam, o
serviço da tenda da congregação» (Números 18:21).
[31] «E bendito seja o Deus Altíssimo, que
entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo»
(Géneses 14:18).
[32] «Porque os
dízimos dos filhos de Israel, que oferecerem ao SENHOR em oferta alçada, dei
por herança aos levitas; porquanto eu lhes disse: No meio dos filhos de Israel
nenhuma herança herdarão» (Números 18:24).
[33] «Mas
disse-lhe Pedro: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois supuseste que
o dom de Deus se adquire por dinheiro» (Atos 8:20).
[34] Os adeptos
da Adventista do Sétimo Dia têm os escritos de Elien White como inspirados
tanto quanto os livros da Bíblia. Declaram: Cremos que: ElIen White foi
inspirada pelo Espírito Santo, e seus escritos, o produto dessa inspiração, têm
aplicação e autoridade especial para os adventistas do sétimo dia. Negamos que.
A qualidade ou grau de inspiração dos escritos de Ellen White sejam diferentes
dos encontrados nas Escrituras Sagradas. As Testemunhas de Jeová Declaram: Meramente ter a Palavra de Deus e
lê-la não basta para adquirir o conhecimento exato que coloca a pessoa no
caminho da vida. A menos que estejamos em contato com este canal de comunicação
usado por Deus, não avançaremos na estrada da vida, não importa quanto leiamos
a Bíblia. Essa afirmação iniciou-se com o seu fundador, C. T. Russell. Ele
afirmava que seus livros explicavam a Bíblia de uma forma única. A Bíblia fica
em segundo plano nos estudos das TJ. E usada apenas como um livro de
referência. A revista A Sentinela tem sido seu principal canal para propagar
suas afirmações (Melo: SD). A IURD acrescenta a Simonia na sua doutrina para
convencer os seus fies a comprar indulgências.
[35] A Maçonaria vê Jesus
simplesmente como mais um fundador de religião, ao lado de personalidades
mitológicas, ocultistas, tais como, Orfeu, Hermes, Trismegisto, Krishna, (o
deus do Hinduísmo), Maomé (profeta do Islamismo), entre outros. As
testemunhas de Jeová dizem
que Jesus é um anjo, a primeira criação de Jeová. Os kardecistas ensinam que
Jesus foi apenas um médium de Deus etc (MELO: SD).
https://www.slideshare.net/FlorentinoRogerioDuc/dissertacao-de-mestradoflorentinorogerioduce?fbclid=IwAR3R3k7YCzXmhD7C2R7-SpOniBUQ-pG1CUjaw8_gCdmhmEMlNBUp4M1o_U4